Não consigo dormir. Pensar em você é complicado demais. Viver você é complicado demais. Sentir você a todo e qualquer instante é complicado demais. Eu não sou o mesmo desde a última vez em que a gente se falou. Já não tenho o mesmo sorriso, nem o mesmo jeito, ou sei lá o que mais. Confesso que ainda machuca, ainda sangra, e ainda fere. Mas sabe o lado bom disso tudo? A gente aprende. Aprende que ser fácil é sinônimo de se foder, sinônimo de se apegar. “E se apegar é morte cravada.” Estar sem você é difícil, mas perceber que aos poucos você já não me faz falta é ainda melhor. Eu sinto saudade, e sempre vou sentir. Saudade das mensagens, dos carinhos, dos xingamentos, dos seus mimos, saudade do conjunto que forma você. Não tem jeito pra mim, se tivesse outra chance de refazer toda essa burrada eu faria do mesmo jeito, me apaixonaria por você e me foderia de novo, assim como me fodi. Falar de você já se tornou clichê, já não é mais possível seguir a diante. Eu gostei de você, gostei muito. Amei você a ponto de esquecer de pensar em mim. Deixei você ir embora, e você? Você simplesmente foi, abriu a porta e saiu. Sem nem ao menos olhar pra trás. Não vou colocar a culpa disso tudo em cima de mim, até porquê a culpa não é somente minha. Chega. Escrevo pra te dizer que essa, essa é a última vez que falo sobre você. Sobre a minha saudade, sobre as lágrimas que insistem em escorrer. Essa é a última vez que relaciono você a palavra nós. Vou me desapegar desses momentos, juro. E quem sabe daqui a um tempo, uma semana, um mês, um ano eu possa ter orgulho de dizer que: “Dormir sem seu boa noite já não dói mais.””