Então é sempre assim. Você tem vontade de falar e não fala, tem vontade de chorar e não chora, tem vontade de gritar e não grita. Aí você vai se acostumando a essa história de reprimir tudo isso por medo do que as pessoas vão pensar se você fizer, por medo de não ser compreendido se você fizer. Aí você tem vontade de perdoar e não perdoa, tem vontade de ligar e não liga, tem vontade de amar e não ama. Tem vontade até de ser um pouco mais você mesmo, mas acaba sendo uma metade. E metades são terríveis. Nem tudo, nem nada. Metade. Meio choro, meio grito, meio perdão, meio amor. Meio você.