Durante a madrugada Planos, sonhos e desejos


Durante a insônia divagava de luz acesa ao som da barulheira do ventilador
 Pensava em tudo e em nada
Planejei uma vida durante a madrugada
Estudava, tinha um emprego bom, era feliz, realizada
Mudava para uma casa, plantas, cachorro, violão
E vivia bem e amava também.
Planejei uma vida durante a madrugada
Se não era a minha, era a de quem?


O que é se amar?

Penso que tudo que se refere ao amor, pressupõe o bem, o bom, o belo. Não podemos aceitar coisas ruins e dolorosas em nome do amor. Sofrer por amor não é vantagem nenhuma, embora a mídia tente nos convencer dia após dia que sofrimentos sentimentais são algo bonito e digno. Não caia nessa. Amor bom é amor equilibrado.
Quando o amor diz respeito à nossa pessoa, ou seja, quando o assunto é se amar, é preponderante que levemos a assertiva acima quase como uma lei. Se amar é sairmos fora de toda e qualquer possibilidade destrutiva com a qual possamos estar envolvidos. E ao contrário, é fazermos todo o bem possível à nós mesmos. Pode parecer uma atitude hedonista e narcísica, mas não é. Somente teremos plenas condições de amar aos outros depois que estivermos fortalecidos, amando o nosso próprio ser e aceitando nossa existência do jeito que nos foi concedida.
Me parece que a melhor forma de se amar é entendermos o termo “amor” através do termo “cuidados”. Se amar é se cuidar. Se amar é se cultivar. Assim como quando você cultiva uma planta, e assegura que ela terá um solo adequado, um lugar iluminado, que será regada com constância e ainda, será podada de acordo com a necessidade (deixe que a vida cuida dessa parte), também assim devemos encarar a nós mesmos – como uma planta que deve ser cuidadosamente cultivada.
Se amar é se cuidar. É manter a higiene sempre em dia. É vestir-se bem e adequadamente. Cuidar de sua aparência. Consumir produtos de qualidade. Andar com pessoas de qualidade. Frequentar eventos de qualidade. Se entreter com temas nobres e elevados. É pronunciar palavras educadas, e antes disso, se amar é educar-se conscientemente, frequentando cursos, palestras, lendo bons livros, assistindo a filmes de bom gosto, ouvindo músicas de bom gosto. Se amar é ser magnânimo com nossos erros nos entendendo como seres em constante evolução, que constroem-se a si mesmos. Errar é o degrau humano para o progredir divino. E para isso precisamos nos conceder alguns desafios e aventuras, para sentirmos a vida pulsando em nosso peito em toda a sua plenitude. O caminho é esse!


O Verdadeiro Poder

“Era uma vez um guerreiro, famoso por sua invencibilidade na guerra. Era um homem extremamente cruel e, por isso, temido por todos. Quando ele se aproximava de uma aldeia, os moradores saiam correndo para as montanhas, onde se escondiam do malvado guerreiro. Subjugou muitas aldeias.
Certo dia, alguém viu ele se aproximar com seu exército de uma pequena aldeia, onde viviam alguns agricultores e entre eles um velhinho, muito sábio.
Quando o pessoal escutou a terrível notícia da aproximação do guerreiro, tratou de juntar o que podia e fugir rapidamente para as montanhas. Só o velhinho ficou para trás. Ele já não podia fugir. O guerreiro entrou na aldeia e foi cruel, incendiando as casas e matando alguns animais soltos pelas ruas.
Até que chegou na casa do velhinho. O velhinho, quando o viu se assustou. E sem piedade, foi dizendo ao velhinho que seus dias haviam chegado ao fim. Mas, que lhe concederia um último desejo, antes de passá-lo pelo fio de sua espada. O velhinho pensou um pouco e pediu que o guerreiro fosse com ele até o bosque e ali lhe cortasse um galho de uma árvore. O guerreiro achou aquilo uma besteira. –‘Esse velho deve estar gagá. Que último desejo mais besta.’
Mas, se esse era o último desejo do velhinho, havia que atendê-lo. E lá foi o guerreiro até o bosque e com um golpe de sua espada, cortou um galho de uma árvore.-‘ Muito bem’ disse o velhinho.
-‘O senhor cortou o galho da árvore. Agora, por favor, coloque esse galho na árvore outra vez.’ O guerreiro deu uma grande gargalhada, dizendo que esse velho deve estar louco, pois todo mundo sabe que isso já não é mais possível, colocar o galho cortado na árvore outra vez. O velhinho então lhe respondeu:
- ‘Louco é você que pensa que tem poder só porque destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir e matar, esse não tem poder. Poder tem aquela pessoa que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado, que faz reviver o que parece morto. Essa pessoa tem verdadeiro poder".
“Essa música é sobre suicídio. Ela é muito, muito séria. Me desgasta pra caralho quando a gente toca, e as pessoas não percebem. É sobre uma menina que tem problemas com os pais. Ela se jogou da janela do quinto andar e não existe amanhã. (…) Eu não aguentaria ouvi-la duas vezes seguidas. Eu gostaria, então, que as pessoas prestassem atenção na letra e vissem que é uma coisa muito forte.”
Renato Russo sobre “Pais e Filhos”.  

“Já é madruga e está tão tarde. Quer dizer, ainda é cedo. Ainda da tempo, ainda existe alguém aqui (eu) disposto a te ouvir. É cedo pra você lembrar de mim, pra você pegar o telefone e me ligar ou apenas me mandar uma mensagem de texto com uma simples carinha. É cedo pra você voltar dizendo que ainda me quer. Pra você nunca é tarde. Meu coração bate devagar só pra você alcançar o relógio e vir me ver.”

A gente vive buscando garantias. Queremos que dê certo, queremos fazer dar certo, lutamos para colocar tudo nos trilhos, nos eixos. Mas a vida segue seu ritmo. Os sentimentos têm seus próprios passos de dança. E de vez em quando somos obrigadas a ensaiar um novo passo. Nem sempre dura. Nem sempre é eterno. Nem sempre é como um sonho bom. E precisamos lidar com isso. Nem que seja na marra. Nem que tenha que engolir o choro e de vez em quando forçar um ou outro sorriso.

Eu gosto mesmo é de pessoas despreocupadas, aquelas que não precisam olhar para o relógio o tempo todo, que sentam no sofá e começam a rir dos filmes, e passam horas e mais horas no telefone com um amigo, mas, sabem aproveitar os poucos minutos que um encontro casual reserva para compartilhar coisas boas, essas pessoas que não se importam com que roupa irão vestir para ir até o supermercado, que não dão a mínima se o verde combina com o verão, ou se o cabelo esta desarrumado. Gosto dessas pessoas que tem paixões incomuns, gente que se apaixona por livros, paisagens, pela vida, que sempre acredita que existem outros dias, outras pessoas, mas, que nunca se esqueceram de valorizar as que estão com elas. Eu gosto das pessoas que saem de casa quando começa a chover, e que se levantam cedo para não perder nenhum minuto a mais da vida, pessoas que sorriem para estranhos na rua, mas, que não fazem questão de chorar na frente deles também, essas pessoas que não tem vergonha de dançar em público, e não tem medo de falarem a verdade. Mas, acima de tudo, eu gosto das pessoas que surpreendem, que acreditam em tudo, que perdoam, que amam demais, simples, das loucas, principalmente dessas pessoas, esse tipo de gente, tem cheiro de felicidade.

Você pode conhecer vinte caras bonitos e que te entendem muito bem, dez caras legais que cuidam de você como se fosse um diamante precioso, uns outros tantos inteligentes, atraentes, bacanas e engraçados em ordem aleatória. Nenhum deles te encanta. Por que? Falta o tão chamado click, aquele jeito especial que ninguém explica. Pode ser o jeito de mexer no cabelo, a forma como ele te olha, que conversa contigo ou até mesmo um jeito secreto que nem o profeta mais sábio percebe, mas que está lá, você pode ver. Entre tantos milhares, talvez um ou outro se salve ao filtro do “jeito”, e daí você percebe: é esse que eu quero abraçar e não largar mais, com quem eu quero me enrolar embaixo de cobertores e com quem eu quero dividir todos meus segredos. Baseado no quê? Num jeito inexplicável ao resto do mundo.
 Martha Medeiros
Não durmo cedo. Pode chamar, ligar, aparecer na janela: eu vou estar de olhos bem abertos. Pode me convidar para andar, conversar, olhar as estrelas ou ficar em silêncio. Pode me questionar, tirar para dançar, ler uma poesia ou pedir um carinho. Sou do tipo que considera a noite muito mais bonita. Sou, entre tantos tipos, daqueles que pouco dormem e muito sonham. Eu tenho encantos eternos pelos mistérios da noite. E o escuro também me abre visões.

Chorar é lindo, pois cada lágrima na face são palavras ditas de um sentimento calado. Pessoas que mais amamos, são as que mais magoamos porque queremos que sejam perfeitas, e esquecemos que são apenas seres humanos. Nunca diga que esqueceu alguma pessoa, ou um amor. Diga apenas que consegue falar neles sem chorar, porque qualquer amor por mais simples que seja, será sempre inesquecível.
— Mario Quintana.