Já repararam que o amor normalmente não vêm no frasco que queremos?
Ou que esperamos? Quantas pessoas namoraram loiras de olhos claros e casaram com morenas ou vice versa? Porque o cara troca a morena linda pela tímida ruivinha? E aquela linda, que troca o saradão malhado pelo pequeno e tímido? Eu respondo, conteúdo. Não somos apenas frascos, somos conteúdo. Quantos casais vocês conhecem que não se falavam, se odiavam, não se toleravam mesmo… antipatia pura. E que hoje, são casadinhos e andam de mãos dadas, se tratam por apelidos, erguem famílias lindas e felizes. Essas pessoas trocaram os frascos pelo conteúdo. Quando somos jovens imaginamos a mulher (ou o homem) perfeito. Idealizamos uma alma gêmea perfeita. Que atenderá todos os nossos desejos e sonhos. Algumas pessoas realmente encontram os seus “pares” idealizados. só pra descobrir que não era aquilo tudo. As mulheres sonham com o dia que cruzarão com o homem perfeito, aquele príncipe que as levarão para viver em seu castelo cor de rosa. Mas aí, tudo muda quando o homem conhece aquela mulher que é legal, que o compreende, cheirosa, com um sorriso lindo. E a mulher? Quem nunca esteve com aquele carinha que não aparentava muita coisa, “descombinante” mesmo, e se arrepiou toda com um simples toque na pele? O amor não reconhece frascos, o amor quer conteúdo. Aquela mulher com aquele sorriso de fazer o Sol sair por detrás das nuvens. Aquele cara que cuida, mima e dá colo. Que arrepia só no toque. Aquela mulher que não sai da sua cabeça. Aquele cara de quem você se lembra quando acorda de um sonho ruim. Aquela mulher que você quer ouvir. Aquele homem com que você quer falar. Que se danem os príncipes e as princesas. Que venham as pessoas reais, aquelas que se doam. Que sofrem, que choram por um amor. Aquelas que abraçam travesseiros e suspiram. Que têm milhares de defeitos mas o que conta mesmo é “aquela” qualidade que te fez apaixonar. Achar essas pessoas não é tão difícil, a gente as reconhece logo de cara. O problema é que às vezes a gente pensa demais e complica as coisas.”
Se eu perdoaria uma traição?
Claro! Meu coração é nobre e sempre há perdão nele. Eu diria: “Amor, eu te perdoo”. Depois juntaria minhas coisas e nunca mais apareceria, mas eu perdoei, tá? Acho que não existe nada pior do que uma traição. Se dedicar, se entregar, amar a alguém e esse alguém te trair. “A carne é fraca”, justifica. A carne é fraca, mas eu sou forte e não mereço alguém assim do meu lado. Tudo bem que há os modernos que vivem em relacionamentos abertos. Se eu acredito em relacionamento aberto? Acredito! Relacionamento aberto, aberto ao fracasso, aberto ao fim, aberto a mágoa, aberto a toda falta de reciprocidade e dignidade sentimental que se possa imaginar. Afinal, o que é mesmo amar? É escolher uma pessoa entre milhões de especies disponíveis no mundo e elegê-la ao cargo máximo de estar única e exclusivamente ao seu lado. Se é pra ficar comigo e com mais todo mundo que aparecer na reta, eu prefiro ficar só! Em uma traição não importam os motivos de quem traiu, mas a dor de quem foi traído. Se traiu porque sentiu-se atraído, sinto muito, mas eu não sabia que estava namorando um imã que atrai tudo e todos, portanto, controle-se! Se traiu porque passou a gostar de outra pessoa, lamento, mas você não é nenhum líder religioso que é obrigado a amar a humanidade e, se fosse, isso excluiria o contato sexual. Traição não é oportunidade, nem escolha, é caráter “Caráter é uma linha reta, não faz curvas”. E se você gosta de andar em círculos, ande sozinho. Faça um exercício: toda vez que sentir vontade de trair, lave uma privada, pra você lembrar que toda traição termina assim: em merda. E no amor não basta apenas dar a descarga! A questão não é ter tudo, é escolher alguém e fazer dar certo. E se você não está disposto a ficar com uma pessoa só, sinto muito te informar, mas o seu destino é morrer sozinho.”
“Tem palavras que, mesmo depois de pronunciadas, ecoam pelos restos de nossas vidas. Elas costumam serem maiores que qualquer gestos que neguem outras intenções. Tem erros que são irreparáveis e que repercutem no tempo e tornam irreversível a mágoa causada. Tem dores que não latejam, mas que podemos sentir no silêncio das portas fechadas.”
Escapou ali um beijo na orelha
“Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. E você olhou do corredor e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer. Mas a gente combinou que não era amor. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo.Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu jeito é o melhor. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque sua voz fica ridícula brava. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso. Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E eu tenho vontade de ligar pra todos os outros e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado. Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo. Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor. E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa ideia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro. Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.”
“Quero alguém que cuide de mim. Que seja a casca da minha laranja, e não a metade. Porque ninguém é perfeito, mas toda parte que nos falta está em uma pessoa por aí. Quero alguém que sussurre segredos clichês no meu ouvido. É, clichês, você ouviu bem. Com serenatas, beijo na mão e tudo mais. Quero alguém que eu possa contar em todas as horas, que seja mais do que fiel. Mas também quero alguém que pise na bola. Alguém que consiga me quebrar e juntar todas as pecinhas de novo. Que possa me fazer, refazer, revirar e tornar tudo como estava. Alguém que deixe cicatrizes, mas que cure-as depois com um simples beijo. Quero alguém que me embriague com a dor e com o amor, que me faça transbordar de felicidade e tristeza ao mesmo tempo. Alguém que destrua todas as formas de sentimento que rolam pelo meu pensamento. Que mude por completo minha vida, mesmo que ainda continue sempre no mesmo lugar. Que me leve pra China, Inglaterra e Grécia só de me acompanhar a vista do pôr do sol. Alguém que grife as partes preferidas de um livro. Que leia por prazer, apenas por gostar de fazê-lo. Alguém que tenha um gosto musical bom, mesmo que diferente. Que não ligue pra aparência, e que não fique se olhando no espelho a cada cinco minutos. E um detalhe especial: tem que gostar de chá. Chá de amor, de fé, de poemas. Tem que ter minha foto na carteira, no quarto, e até no armário da faculdade. Tem que saber colocar atitude nas coisas, perseverar. E depois de tudo isso, tem que aprender a me aguentar. Mas quer saber? Que se dane essa coisa toda de sonho. Eu quero alguém que fique do meu lado pro que der e vier, sem me deixar para trás. Já é de bom tamanho.”
“Juro que pensei que era amado. Que fazia falta, que causava saudade, que amenizava a dor. Pensei que era importante para você, sabia? E quase acreditei nisso, quase mesmo. Faltou pouco. Você foi o meu quase. O meu quase amor, a minha quase certeza, a minha quase felicidade. Mas eu não vivo de “quase”, e você também não. A diferença é que eu lutei para o quase, virar tudo. Você fez o quase, se tornar nada.”
“O amor não morde. O amor não assusta. O amor não dói. Eu achava que as coisas eram diferentes, que amor dava frio na barriga, insônia, congestão nasal, que arrancava pedaço, que deixava a gente nas nuvens, que era um susto sem fim. Não, o amor não é nada disso. A paixão nos provoca uma série de sofrimentos. E traz aquela sensação de borboletas no estômago. A paixão é um comportamento adolescente, que se emburra e devolve os presentes, que bate porta, que se acha grande coisa, que quase mata no grito, que dura uma semana ou duas.”
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